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Café
O café é uma bebida produzida a partir dos grãos torrados do fruto do cafeeiro servido tradicionalmente quente. O café é um estimulante, por possuir cafeína — geralmente 80 a 140 mg para cada 207 ml dependendo do método de preparação. Estudos têm mostrado que pessoas que bebem quatro xícaras de café por dia têm um menor risco de morrer de um ataque cardíaco.
Minas Gerais é o estado com maior produção de café do Brasil (26,6 milhões de sacas), o que corresponde a mais de 50% da produção nacional do produto e 17% da produção mundial.
Grãos de Café: conhecendo diferentes tipos
Café Arábica
A planta que dá origem a esta variedade do grão é proveniente das montanhas da Etiópia. Sabe-se que a altitude está amplamente relacionada à qualidade do grão produzido; quanto mais alta for a lavoura, maior será a qualidade do grão.
É por esse motivo que os grãos que são cultivados acima de 1.000 metros de altitude, costumam ter um sabor impecável. O café arábica possui 50% menos cafeína, mas possui um teor maior de açúcares, responsáveis pela complexidade de sabores dessa variedade. Os cafés finos produzidos no mundo são das variedades dessa espécie (mundo novo, catuaí amarelo e vermelho, bourbon etc.).
Café Bourbon
Essa é uma das variedades mais conhecidas no mundo! Ela deriva do Arábica e é bastante popular, principalmente, fora do Brasil. Entre as características peculiares que ela possui, estão a presença de notas mais achocolatadas, o aroma bem forte e marcante, e a acidez moderada.
É indicada para pessoas que gostam de explorar um sabor mais leve e adocicado, já que possui notas que lembram o caramelo.
Café Kona
Ele recebe este nome porque é cultivado na cidade de Kona, Havaí. O clima local e o solo vulcânico da região são propícios para o cultivo dessa variedade exótica de arábica.
Se você é fã de um bom café gourmet, então o café Kona será uma experiência inesquecível! Para algumas pessoas, este é o melhor café do mundo!
O processo de escolha do grão é fundamental para o sabor final pretendido
Café Catuaí
Para que você consiga extrair todo o potencial dessa variedade, é indispensável que seja cultivado em altitudes acima de 900 m! Ele é muito cultivado em nosso país.
Possui acidez moderada e dispensa qualquer adição de açúcar ou adoçante (a seu gosto, claro!), pois possui doçura natural.
Café Acaiá
A variedade Acaiá originou-se de plantas da cultivar Mundo Novo, uma das mais cultivadas aqui no Brasil. Acaiá significa “frutos com sementes grandes” em tupi-guarani, o que caracteriza essa variedade.
Esse tipo de grão é indicado para pessoas que preferem um sabor mais suave, pois costuma apresentar notas que lhe remetem a frutas. Ele tem um sabor achocolatado e acidez média.
Café Robusta
Também conhecido por Conilon, o café selecionado com este tipo de grão tem uma concentração de cafeína bem maior, ou seja, ele é perfeito para pessoas que gostam de um sabor amargo.
A planta Coffea canephora é bastante cultivada em diversos países, principalmente no Vietnã e no Brasil.
Ela se desenvolve com bastante facilidade em regiões com clima quente e úmido, e em altitudes mais baixas, até 600 metros de altitude. Ela também apresenta mais resistência aos ataques de pragas em relação ao café arábica, por isso mesmo torna-se prático e de fácil plantio.
Um de seus usos mais comuns está, justamente, no café instantâneo. Quando adiciona-se este grão ao preparo, percebemos que o café fica mais encorpado e com um sabor mais amargo também.
O café, além de ser delicioso, faz muito bem para a saúde. O café pode ser um aliado na luta contra doenças como câncer, Alzheimer, depressão, estresse e diabetes. Além disso, essa deliciosa bebida ajuda na digestão e até rejuvenesce as células do corpo.
Esses são alguns dos benefícios que um café especial pode representar para sua saúde quando consumido diariamente. Num passado não muito distante, a ciência se ocupou em entender e esclarecer alguns mitos que envolvia o grão. Essa busca resultou em diversas conclusões que quase ninguém imaginava.
O Dr. Darcy Lima, autor do livro 101 Razões para tomar café, foi o pioneiro nos estudos dedicados à nossa bebida favorita. Na sequencia, outros pesquisadores e médicos como o Dr. Bruno Mahler Mioto do Instituto do Coração de São Paulo (InCor) dedicaram anos para compreender a complexidade e a real relevância do ingrediente para a saúde.
1 – Evitar Câncer
Segundo o site Saúde Dica, a incidência do câncer de mama, cancro da faringe e oral, próstata, fígado e esofágico pode ser evitada com a ingestão de pelo menos uma xícara de café por dia. Por ser rico em antioxidantes listados acima, ajuda a evitar a degradação e alteração das células. Prevenindo, assim, o surgimento de mutações que podem resultar em tumores.
Café é rico em antioxidantes
2 – Aliviar o Stress
Em um estudo feito simultaneamente nos Estados Unidos, Portugal e Brasil ficou comprovado que o café e sua cafeína ajudam a melhorar o humor, aliviar o estresse e ainda garante mais desempenho no tempo de reação, memória e raciocínio.
A pesquisa (leia na íntegra em inglês aqui) foi realizada com ratos e nesse experimento, os animais passaram por situações estressantes como banho gelado e inclinação na gaiola. Durante três semanas, metade deles tomou água com cafeína e a outra metade tomou água normal. Depois desse tempo, notou-se que consumiram apenas água normal apresentavam níveis alterados de estresse perceptíveis quimicamente no cérebro e no comportamento. Os animais cafeinados não apresentaram alterações.
O estudo ainda não é conclusivo, mas os cientistas acreditam que houve um bloqueio de receptores que causam o estresse ao ingerir a cafeína.
3 – Rejuvenesce
Não é de hoje que o poder rejuvenescente do café é explorado principalmente pela indústria de cosméticos. Marcas como Natura, Avon e Attrato apostam nas substâncias antioxidantes do café verde para melhorar ainda mais a eficácia de seus produtos. Inclusive, a marca Kapeh dedicou-se única e exclusivamente no café para desenvolver diversos produtos de seu portfólio.
Todo esse interesse se dá pela presença de muitos componentes do grupo dos polifenóis e antioxidantes (responsáveis por atrasar o processo de envelhecimento e o aumento da esperança de vida). Além de ajudar na saúde, os extratos do grão verde são os mais utilizados na produção de cremes anti-rugas.
Cuidado com a pele
E você pode aproveitar o benefício do café na sua pele com a própria borra!
Além de ser sustentável, faz muito bem. Veja nosso post sobre os benefícios da borra de café para a sua pele.
4 – Estimula a Digestão
Mesmo sendo um sucesso absoluto depois do almoço, poucos sabem que o café é recomendado para estimular a digestão. De acordo com o Dr. Darcy Lima, a bebida estimula os intestinos, o reflexo do estômago e do retosigmoide (parte final do intestino grosso), aumentando assim o movimento gastrointestinal e facilitando a digestão.
O remédio para a preguicinha pós-almoço pode também ser sua salvação quando você exagerar na quantidade de comida ou nas quartas-feiras de feijoada.
5 – Diabetes
Ficou comprovado que os ácidos clorogénicos e trigonelina alcalóide presenteso no café ajudam na redução de glicose e insulina. Segundo o experimento realizado na Escola de Saúde Pública de Harvard (Harvard School of Public Health / HSPH), pessoas que aumentaram o consumde café por dia num período de quatro anos tiveram um risco 11% menor de desenvolver o diabetes tipo 2. Para aqueles que diminuíram o consumo da bebida, registrou-se um aumento de 17% para desenvolver a doença.
6 – Depressão
Outra descoberta do Dr. Darcy Ribeiro foi o efeito positivo do café na luta contra a depressão. Ficou comprovado que a incidência da doença é menor entre adultos e crianças que tomam até quatro xícaras de café por dia (quando comparado às pessoas que não tomam café ou uma menor quantidade).
7 – Café Emagrece
A resposta é SIM!
E a grande responsável por estimular e aumentar o desempenho em exercícios físicos é a cafeína. Além desse estímulo extra, o café ajuda na liberação de ácidos graxos da gordura estocada no corpo, em termos mais simples, a queima de gordura.
Inclusive, já fizemos a mesma pergunta para o nutricionista Rodrigo Polesso e a entrevista na íntegra você confere aqui.
8 – Osteoporose
Houve-se um tempo em que médicos e nutricionista julgavam o café e a cafeína como os vilões da osteoporose. Acreditava-se que a bebida impedia a absorção do cálcio no organismo, enfraquecendo assim os ossos. Dr. Darcy Lima, porém, comprovou há pouco tempo que tudo isso se trata de um grande engano.
Segundo seu artigo (publicado na íntegra aqui), “O cálcio tem seu metabolismo rigorosamente controlado por uma série de hormônios e vitamina (vitamina D), de forma que dos 1.200 mg que ingerimos diariamente, apenas 300 mg são absorvidos. Caso precisemos de mais cálcio, o intestino apenas aumenta sua absorção. O consumo moderado de cafeína não causa osteoporose em idosos nem aumenta o risco de fraturas”, explica.
9 – Alcoolismo e Drogas
Assim como o café pode ajudar no combate da depressão, ele pode inibir o alcoolismo e o consumo de drogas. A conclusão foi feita pelo Dr. Darcy Ribeiro, que afirma que os ácidos clorogênicos e os quinídeos formados na torra adequada do café podem até ser mais importantes que a cafeína na bebida e de grande ajuda na prevenção e controle da depressão e suas conseqüências como suicídio e o alcoolismo, uma forma lenta de suicídio e suas conseqüências, como a cirrose.
É importante entender que muitos medicamentos contra essas doenças contam com medicamentos com propriedades antagonistas opióides, como o naltroxone e o nalmefene. E o café possui naturalmente potentes antagonistas opióides como os quinídeos formados na torra do café a partir dos ácidos clorogênicos. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.
10 – Café faz bem ao coração
Segundo a pesquisa realizada no InCor em parceria com o Consórcio Pesquisa Café, da Empraba Café, não existem evidências de que o café faça mal para pessoas com problemas no coração.
O estudo, que começou em 2009 na Unidade Café e Coração (localizada dentro do Instituto do Coração), analisou o comportamento e os resultados de uma bateria de exames feitos periodicamente em mais de 100 pacientes que tomavam café.
O resultado da pesquisa foi publicado na Revista Exame e você pode ler a entrevista na íntegra aqui.