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Café Solúvel




Café Solúvel

Quem descobriu o café instantâneo?

 

Em relação a registros históricos, alguns países disputam a descoberta do café solúvel.

 

Uma das primeiras menções ao produto revolucionário data de 1771, na Inglaterra. De acordo com o Oxford Companion para a American Food and Drink, a origem do café instantâneo cabe ao inventor John Dring, que criou a versão patenteada pelo governo britânico como “composto de café”.

 

Um século mais tarde, em 1890, o empresário David Strang, proprietário da fábrica de café e especiarias Strang’s Coffee, na Nova Zelândia, reivindicou o título de pai do café instantâneo. Na época, ele patenteou o “pó solúvel de café seco da Strang”, um produto que podia ser preparado instantaneamente com água fervente.

 

No entanto, nos EUA, o químico de ascendência japonesa Sartori Kato patenteou uma outra versão de café solúvel, o “Concentrado de Café e Processo de Fazer o Mesmo” , em 1901. Segundo registros, foi o primeiro pó de café solúvel estável do mercado, mas apenas uma década mais tarde que o produto passou pelas primeiras transformações e, assim, começou a ser produzido e comercializado em larga escala.

 

E isso foi mérito do empresário belga-americano George Constant Louis Washington, que inventou o primeiro café instantâneo produzido em massa. A popularidade daquele pó se espalhou principalmente durante a Primeira Guerra Mundial, quando soldados americanos passaram a consumir o produto nos campos de batalha.

 

como o café solúvel é fabricado?

 

A mágica por trás da produção do café instantâneo envolve, basicamente, a hidratação (processo de extração) e desidratação (ou secagem) dos grãos. Até chegar neste ponto, o processo é o mesmo usado para o preparo do café fresco: seleção dos grãos, torrefação e moagem.

 

A partir desse momento, o café que será transformado na versão solúvel passa por um processo industrial complexo, que envolve alta tecnologia e rigorosos padrões de qualidade, sem qualquer contato manual.

 

O primeiro passo é a imersão em água ou um processo de extração. Nesse mergulho, o objetivo é tornar a mistura um produto concentrado, capaz de preservar os sabores e aromas do café. É aí que os compostos do grão se tornam líquidos!

 

O próximo é a secagem do café instantâneo – o que realmente difere a produção.

 

A secagem do extrato concentrado de café pode ser realizada de duas maneiras principais. Por congelamento – a forma mais utilizada no mundo – ou por pulverização.

 

Tipos de secagem: Congelamento x Pulverização

 

Na secagem por congelamento (liofilização), o extrato concentrado de café é colocado em câmaras de resfriamento rápido e se transforma em cristais de gelo. Por meio de um sistema a vácuo, as câmaras são, então, aquecidas, o que causa a condensação da água congelada, que é removida do extrato. Das câmaras, o extrato, agora seco, será embalado e encaminhado para os distribuidores.

 

Já na secagem por pulverização (aspersão), que é uma forma mais barata de processar o café instantâneo, o extrato concentrado de café é pulverizado por um spray posicionado a 30 metros de altura. Na trajetória até o chão, o extrato perde a água, restando apenas o pó solúvel.

 

Num resumo, as etapas de elaboração do café solúvel (e suas diferentes formas) ocorrem na seguinte sequência:

 

  • Seleção dos grãos de café
  • Torra
  • Moagem
  • Extração
  • Tratamento de extrato
  • Recuperação de aromas
  • Concentração
  • Secagem (por aspersão ou liofilização)
  • Aglomeração
  • Envase

 

Vale ressaltar que em todo o mundo o café instantâneo é fabricado a partir de grãos das variedades arábica e/ou robusta/conilon, e que o extrato de um café de qualidade contém apenas os componentes do grão e água. Nada mais.

 

No Brasil, inclusive, o café solúvel comercializado não pode conter nenhum aditivo ou conservante. Fique de olho!

 

Tipos de café solúvel

 

No mercado, há três tipos de café instantâneo. A variedade se dá em função do método de secagem. São eles:

 

Spray dried

 

O spray dried é o café solúvel em pó. No processo de fabricação, o extrato de café é submetido a altas temperaturas e pressão, o que aumenta a concentração do produto e o torna volátil. Em seguida, o material é bombeado para o topo de uma torre, onde passa por pulverização e exposição ao ar quente, o que faz o grão já torrado e moído perder a umidade e se converter em pó.

 

Aglomerado

 

É fabricado a partir do café spray dried. A diferença é que o grão moído passa por um processo de aglomeração em um equipamento específico que junta pó e vapor, com pressão e velocidade ideais para que alcance a granulometria desejada. O produto final é uniforme e de fácil dissolução, com excelentes características de aroma e sabor.

 

Freeze dried ou liofilizado

 

Processo recente e considerado sofisticado, consiste no congelamento do extrato de café a temperaturas muito baixas (até -40°C). Em seguida, o produto passa pelos processos de moagem, secagem a vácuo e sublimação (passagem direto do estado sólido para o gasoso). O complexo processo de desidratação objetiva preservar ao máximo as qualidades sensoriais dos grãos e dá origem a um café encorpado, com qualidade superior.

 

Interessante destacar que, geralmente, o café liofilizado tem um preço maior em comparação aos outros tipo de solúvel. Isso porque, além do processo de secagem complexo, fabricantes privilegiam blends 100% arábica na produção. Tudo para atender a consumidores de alto padrão e dispostos a pagar mais por uma bebida de qualidade superior. Fica a dica!

 

Características do café solúvel

 

Destacamos aqui que, desde que o café liofilizado passou a ser explorado, o mercado consumidor ganhou um plus. Afinal, muitos fabricantes utilizam apenas grãos arábica na produção, o que eleva a qualidade do café.

 

Mas, de forma geral, diante das novas tecnologias de produção e do desenvolvimento do mercado de cafés especiais, qualquer tipo de instantâneo tende a preservar as características de aroma e sabor do grão.

 

É praxe que o café solúvel tenha sabor suave, muitas vezes com presença de notas de caramelo. No entanto, traz algumas diferenças em relação ao café fresco. A principal é a menor concentração de cafeína, como veremos a seguir.

 

No mercado, o produto pode ser encontrado na forma de pó, grânulos ou liofilizado. Em todas as versões, o preparo é simples: basta acrescentar água filtrada e quente, sem necessidade de coar.

 

Diferenças entre o café solúvel e o fresco (ou coado)

 

Já vimos que o grão de café é torrado e moído antes de entrar em linha de produção para se tornar um café solúvel.

 

Na versão fresca, o pó deve ser coado ou passar por outro método de preparo. Na versão solúvel, basta acrescentar água. Mas quais são as diferenças entre um e outro?

 

Certamente, a menor concentração de cafeína é uma das principais: especialistas apontam que um solúvel tem 20% a menos da substância estimulante. Uma xícara de café instantâneo pode conter entre 30 e 90 mg de cafeína, enquanto uma xícara de café comum contém entre 70 e 140 mg. Há, ainda, versões de instantâneo descafeinadas.

 

Em comparação ao coado, o café instantâneo contém até duas vezes mais acrilamida – um químico potencialmente prejudicial que se forma durante a torrefação. Mas a quantidade ainda é muito menor do que é considerado prejudicial à saúde. Não se preocupe!

 

O café fresco costuma apresentar sabor e aroma mais encorpados, além de preservar melhor as características nutricionais do grão, responsáveis pelos diversos benefícios do café para a saúde. Apesar disso, ambos contém antioxidantes e nutrientes.

 

A favor do café instantâneo pesa o preparo rápido e prático, além do custo mais barato. Ou seja, trata-se de uma boa opção para o momento da pressa ou para quem pretende diminuir o consumo de cafeína!















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